Quando comecei a pesquisar sobre fotografia embaixo da água me deparei com um grande problema: como proteger minha câmera profissional da água. Em minha busca por conhecimento me deparei com preços altíssimos das caixas estanques e não conseguia entender o motivo para preços tão elevados. Foi quando um mergulhador que fotografava me explicou. As caixas estanques protegem a câmera da pressão da água já que na fotografia subaquática o mergulhador costuma descer mais de 10 metros abaixo da superfície. A tecnologia tinha seu preço e não estava ao meu alcance.
Foi neste momento que percebi que eu não queria fazer fotografia subaquática. Eu sempre fui uma retratista, mesmo quando era somente uma amadora, minha paixão sempre foi a fotografia de pessoas. E fotografia subaquática aonde era necessário mergulhar não se encaixava no que eu desejava fazer.
No entanto continuei minha busca por informações de como eu poderia fotografar na água e através de outro fotógrafo descobri uma capa de látex que protege a câmera até mais ou menos 8 metros de profundidade e cujo valor estava dentro das minhas possibilidades. Minha vontade de comprar era tão alta quanto minha desconfiança em relação a segurança que aquele pedaço de látex oferecia para minha câmera. Fiz milhares de perguntas ao fabricante e arrisquei. Minha decisão foi muito assertiva tanto que uso a capa até hoje.
Após minhas primeiras fotos na piscina me surgiu a ideia de nomear as fotos feitas embaixo da água mas na superfície de retratos molhados afinal não eram fotografias subaquáticas e sim fotos de pessoas que estavam levemente embaixo da água.
E assim surgiu: Retratos Molhados.
Uma boa semana a todos!